sexta-feira, 22 de junho de 2012

BRINCADEIRAS EDUCATIVAS PARA TODAS AS IDADES

As brincadeiras infantis podem ter um papel mais importante do que um simples momento de diversão. Brincar traz benefícios emocionais, mentais, sociais, auxilia na área cognitiva e leva a criança a se expressar e descobrir o mundo. Segundo Marta Bitetti, psicóloga e diretora do Colégio Ápice, as brincadeiras ajudam as crianças a descobrirem suas habilidades: “As brincadeiras colocam a criança diante de experiências que contribuem para o conhecimento do mundo e de si mesmas”. A especialista deu dicas de brincadeiras mais indicadas para cada idade e os seus benefícios:
Brincadeiras até 5 anos
As brincadeiras populares são as mais indicadas nessa faixa etária. Marta conta quais são as principais:
-Brincadeiras de roda: trabalha-se expressão corporal, verbal e aumento do vocabulário;
-Amarelinha: auxilia o desenvolvimento motor;
-Quebra-cabeças: estimula o raciocínio, concentração, psicomotricidade;
-Jogo simbólico (faz de conta): favorece a imaginação, a imitação, e até a afetividade;
-Outras sugestões: blocos de construção, brinquedos de encaixe, estátua, lenço atrás, corre cutia, esconde-esconde.
De 5 a 10 anos
Nessa fase, é importante estimular jogos que prendam a atenção: “Além das brincadeiras tradicionais e populares, são recomendados jogos que motivem e prendem a atenção, estimulem o raciocínio e a criatividade”, aponta a psicóloga. Veja alguns exemplos:
-Pega-pega
-Esconde-esconde
-Desenhar
-Jogos que envolvam letras e números
-O Mestre Mandou
-Forca
-Jogos coletivos de campo ou de mesa
-Jogos de tabuleiro

-Atividade com dança

-Jogos de imitação
Marta ainda ressalta: “É importante que as crianças brinquem ao ar livre. Nesta faixa etária as brincadeiras de rua são bem atrativas”.
Filhos únicos
As crianças que não têm irmãozinhos para brincar podem se divertir sozinhas com atividades simbólicas. “Em geral, os filhos únicos costumam brincar muito com jogos simbólicos, isto é, brincadeiras de casinha, escolinha, carrinhos… Estas brincadeiras são importantes para o desenvolvimento da imaginação e criatividade, colocando a criança a vivenciar diferentes papéis sociais a partir do mundo dos adultos”, revela a especialista. Além destas atividades, a criança pode se interessar por desenhos, livros, pinturas, jogos de montar e jogos de memória.
Jogos eletrônicos
É comum achar que crianças que gostam de brincar no videogame ou no computador podem se prejudicar e se isolar do mundo. Mas não é bem essa a verdade: tudo depende do tempo que ela dedica a essas atividades. “Os videogames e os computadores somente serão vilões se o tempo dedicado a eles for excessivo. É necessário um equilíbrio, pois todo o excesso é prejudicial. Os pais devem estar atentos ao tempo dedicado a eles e restringir o seu uso”, conta a psicóloga. Os jogos eletrônicos, ao contrário do que se imagina, podem ajudar no desenvolvimento infantil: “Os videogames podem ativar e exercitar áreas do cérebro que ajudam a melhorar o raciocínio lógico para a resolução de problemas, superar desafios, melhorar os reflexos, desenvolver coordenação visual e auditiva e, ainda, melhorar e treinar novos idiomas”. O mesmo acontece com o uso do computador: “Os computadores podem ser utilizados como recurso para novos aprendizados e podem ser uma ótima ferramenta no processo de ensino. Promovem meios para pesquisa, acesso a informações e ilustrações, compartilhamento de saberes, estimulam a criatividade e a curiosidade”, completa. No entanto, os pais devem sempre supervisionar o que os filhos veem na internet e orientá-los para usar essa ferramenta corretamente.
Brincadeiras monitoradas
Qualquer brincadeira que exija uso de material adulto deve ser evitada. Segundo Marta, objetos cortantes e produtos que podem causar alergias envolvem riscos à integridade física da criança. “Os pais devem proporcionar atividades que sejam adequadas, para que não haja desestímulo ou influencie desfavoravelmente a autoestima do filho”, explica. A diretora ainda aconselha: “Além de jogos e brincadeiras, os filhos podem participar e sentir-se úteis nas tarefas cotidianas da casa. Os pais podem envolvê-los em atividades de culinária e pequenas tarefas domésticas, que certamente, farão com que se sintam parte importante do grupo familiar”.

Consultoria: Marta Bitetti, psicóloga e diretora do Colégio Ápice


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